As cartas raras de Pokémon, que antes eram trocadas no recreio da escola, agora estão no radar do crime organizado.
Pequenas, valiosas e com um apelo nostálgico, essas cartas viraram uma ferramenta eficiente para lavar dinheiro ilegal.
No Japão, a Yakuza foi flagrada usando cartas para “limpar” dinheiro sujo.
O esquema funciona assim: eles compram cartas raras com dinheiro ilícito e vendem no exterior, transformando em dinheiro limpo, sem deixar rastros.
Um ex-membro da Yakuza contou que eles até usam tecnologia avançada, como balanças precisas e detectores de metal, para encontrar cartas raras dentro de pacotes fechados.
“Elas são fáceis de esconder e, vendendo no exterior, é impossível rastrear,” explicou ele.
E não é só no Japão. Na Austrália, a polícia encontrou mais de 2 milhões de dólares em dinheiro junto com um monte de cartas de Pokémon em uma operação antidrogas.
No Canadá, uma coleção de cartas raras de Pokémon e Magic: The Gathering, avaliada em 100 mil dólares, foi apreendida em outra investigação criminal.
Nos últimos anos, o mercado de cartas de Pokémon cresceu tanto que algumas são vendidas por valores absurdos, como centenas de milhares de dólares.
Para os criminosos, essas cartas são o item perfeito: fáceis de transportar e de transformar em dinheiro. Eles compram pacotes, retiram as cartas raras e revendem com grande lucro.
O que era apenas um hobby nostálgico se tornou um mercado bilionário, atraindo não só colecionadores, mas também aqueles que querem usar o sistema para cometer crimes.
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