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Atlas Eon 100 promete guardar dados em DNA para a eternidade

A busca por uma forma definitiva de preservar dados atravessa gerações, mas quase sempre termina em frustração. Agora, a Atlas Data Storage quer mudar esse jogo com o Eon 100, um sistema que transforma arquivos comuns em sequências de DNA sintético.

Em um momento em que geramos volumes absurdos de informação todos os dias, essa tecnologia surge como uma candidata séria a redefinir o futuro do armazenamento.

A ideia parece saída de ficção científica, mas funciona de maneira surpreendentemente simples para o usuário.

O Eon 100 converte os bits dos seus arquivos para o alfabeto de quatro bases do DNA — adenina, citosina, guanina e timina. Essas sequências são então sintetizadas, desidratadas e guardadas em pequenos tubos.

Para recuperar o conteúdo, basta usar uma máquina capaz de ler essas fitas de DNA e decodificar a informação de volta para o formato original.

Nada disso exige conhecimento de biologia molecular: a Atlas cuida de tudo, desde a conversão até a logística, transformando o processo em algo tão prático quanto enviar um HD para backup.

O grande trunfo dessa abordagem está na durabilidade. Discos rígidos falham depois de alguns anos. SSDs, por melhores que sejam, se desgastam com o tempo.

Até a confiável fita magnética, padrão da indústria para arquivamento, pode se deteriorar em meio século. Já o DNA é praticamente eterno.

Cientistas recuperam informação genética de restos com milhares de anos, e a Atlas segue essa mesma lógica ao projetar seus fios sintéticos para resistirem até mesmo a pulsos eletromagnéticos capazes de destruir servidores inteiros.

Se tudo ao redor virar cinzas, os tubos de DNA devem continuar ali, intactos.

A densidade de armazenamento também impressiona. Cada grama de DNA consegue guardar mil vezes mais dados do que a fita magnética moderna.

Isso significa que coleções inteiras de filmes, bancos de dados corporativos e arquivos históricos caberiam tranquilamente dentro de uma caneca.

Para completar, o sistema promete uma taxa de confiabilidade que beira o absurdo: 99.99999999999% de precisão na recuperação das informações.

Para quem quiser entrar nessa aventura molecular, o processo de compra é direto. Empresas podem solicitar o Eon 100 pelo próprio site da Atlas e receber tudo como se estivessem encomendando qualquer outro equipamento.

O preço ainda é um mistério, mas a expectativa é que haja planos escalonados, variando conforme a quantidade de tubos de DNA e a velocidade necessária para leitura e recuperação.

Se a promessa se confirmar, o Eon 100 pode ser o primeiro passo de um futuro em que arquivos não só sobrevivem por décadas, mas por eras inteiras. E talvez, pela primeira vez, tenhamos um tipo de backup capaz de nos sobreviver.

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Fagner Lopes

CEO Presidente e fundador da Obewise Entertainment Network, escritor, biomédico e amante de jogos eletronicos, mais precisamente DOTA 2. Redator do site e artista na Obewise Radio Network.

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