O Nintendo Switch 2 chegou prometendo uma novidade que nunca tinha aparecido antes nos consoles da empresa: suporte a HDR, que melhora as cores e o contraste dos jogos. Só que, na prática, muitos usuários começaram a perceber que, ao jogar na TV, as imagens apareciam meio apagadas, sem vida ou até brilhando demais. Quem destrinchou esse problema foi o especialista em imagem Vincent Teoh, do canal HDTVTest no YouTube. E agora ele nos explica como resolver os problemas de HDR no Nintendo Switch 2.
A ideia do HDR é justamente deixar tudo mais bonito, com mais cor e contraste, mas na prática, jogos como Mario Kart World ou Zelda: Breath of the Wild acabam ficando estranhos, com cores lavadas ou pontos estourados de brilho. Segundo Teoh, o problema está no jeito meio desajeitado que a Nintendo configurou o HDR no Switch 2.
O menu de ajustes chamado “Ajustar HDR” até permite mexer em coisas como brilho máximo e níveis de branco, só que oferece tantas opções minuciosas que muita gente se perde e acaba deixando a imagem pior.
Um dos maiores problemas é que o console ativa o HDR para tudo, até mesmo para jogos que não foram feitos pensando nisso. O resultado é que esses títulos acabam ficando com aparência estourada, sem aquele equilíbrio natural das cores.
A solução mais prática, segundo Teoh, é simples: é só entrar nas configurações do Switch 2 e mudar a opção de HDR para “Apenas Software Compatível”. Assim, só jogos realmente preparados para HDR, como Cyberpunk 2077, vão rodar com esse recurso ativado. Já games mais antigos, como o próprio Breath of the Wild, voltam para o SDR, que é o modo padrão, mantendo a aparência original.
Outro detalhe que faz diferença está na sua própria TV. Muitos modelos mais novos trazem uma função chamada HGiG, que basicamente faz a TV assumir o controle do HDR, evitando que ela e o console fiquem brigando pra ver quem gerencia o brilho e o contraste.
Ao ativar o HGiG no menu da TV, você evita aquele efeito de imagem achatada que acontece quando tanto a TV quanto o videogame tentam aplicar ajustes de HDR ao mesmo tempo.
Para quem busca uma imagem ainda mais precisa, Teoh dá uma dica de calibragem: durante o processo de configuração de HDR no Switch 2, se você apertar o botão Y na última tela de teste, aparece um controle deslizante que ajusta o nível de branco.
A recomendação dele é deixar esse valor em torno de 203 nits, que é o padrão do HDR10. O problema é que, por padrão, a Nintendo costuma deixar isso alto demais, o que deixa tudo claro demais e com as cores desbotadas. Dá pra ajustar manualmente, embora exija paciência, já que o console permite fazer centenas de pequenos ajustes até chegar no ponto ideal.
O próprio hardware do Switch 2 também complica um pouco as coisas. A tela do aparelho é LCD com iluminação lateral, chegando no máximo a uns 450 nits — o mínimo pra passar na certificação HDR10.
Com um nível de preto de 0,5 nit, ele nem chega perto do que uma tela OLED entrega, com pretos profundos e brilho intenso. Jogando na TV, isso melhora, já que ela assume o HDR de forma mais eficiente, mas no modo portátil as limitações ficam evidentes.
Uma dica final do especialista é ativar o modo escuro no sistema do console, o que ajuda a suavizar o efeito do limitador automático de brilho (ABL), deixando o contraste e a luminosidade mais estáveis quando você joga direto na tela do Switch 2.
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