James Gunn é conhecido por seu humor irreverente nos filmes que dirige, como ficou claro em Guardiões da Galáxia e O Esquadrão Suicida. Mas com Superman a história é um pouco diferente. O herói azul e vermelho não é um rebelde ou anti-herói, ele representa a esperança no universo da DC. Por isso, embora o novo filme traga o estilo afiado e espirituoso de Gunn, não chega a ser surpresa que uma piada imprópria tenha sido cortada antes da estreia.
Segundo informações do perfil @ViewerAnon no X, a piada em questão não era de Superman, interpretado por David Corenswet, mas de um dos novos aliados do herói. Ela surgia durante uma sequência de ação grandiosa, quando o Homem de Aço enfrenta um monstro gigantesco, do tamanho de um kaiju, que foi solto por Lex Luthor, vivido por Nicholas Hoult. É nesse momento que o grupo conhecido como Justice Gang entra em cena, com Guy Gardner como Lanterna Verde (Nathan Fillion), Mulher-Gavião (Isabela Merced) e Senhor Incrível (Edi Gathegi).
O time se une para derrubar a criatura, enquanto Superman insiste que o bicho não deve ser morto. Depois da batalha, o clima ficava mais descontraído na versão original, quando Guy Gardner soltava a tal piada de gosto duvidoso direcionada ao Superman. Apesar de ter rendido risadas nos bastidores, Gunn preferiu cortar a fala. O motivo? O público infantil. Há crianças na cena comemorando com os heróis, e o filme foi pensado para ser um evento familiar, com classificação PG-13. Deixar Gardner ultrapassar o limite da grosseria poderia destoar do espírito que o cineasta queria para o universo do Superman.
Ainda assim, nem todo o humor ácido foi eliminado. Uma provocação que sobreviveu no roteiro acontece quando Lois Lane faz piada com o corte de cabelo de Guy na Sala da Justiça, e ele rebate dizendo: “384 mulheres discordariam de você!”. É um comentário ousado, mas vago o bastante para passar batido pelas crianças.
Mesmo com cortes pontuais, isso não significa que o Superman de Gunn será um filme sem graça. O diretor manteve seu estilo irreverente, mas um pouco mais polido do que em produções voltadas para maiores de idade. Os personagens continuam carismáticos, Metrópolis pulsa de vida e a interação entre o confiante Lanterna Verde de Fillion e o Superman honesto de Corenswet promete boas dinâmicas em cena.
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