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Detroit aposta em robôs para coletar lixo, cortar grama, remover neve e muito mais

Em uma praia pública de Detroit, um veículo sem piloto percorre a areia recolhendo detritos trazidos pela água. O robô, chamado BeBot, é apenas um dos vários dispositivos móveis que têm se tornado presença cada vez mais comum na cidade, realizando tarefas que vão desde limpar praias e ruas cobertas de neve até cortar grama ao longo de rodovias, recolher restos de comida de restaurantes para compostagem e até fornecer recarga móvel para ônibus elétricos municipais.

Segundo o Crain’s Detroit Business, esses robôs fazem parte de um ecossistema tecnológico em expansão na cidade, que vem abraçando a automação para melhorar serviços públicos e incentivar a inovação em um antigo polo da indústria automobilística. “A indústria automotiva, especialmente em Detroit, tem uma longa história de criar soluções para movimentar o mundo. Agora, essas habilidades se expandem para robótica e novas tecnologias voltadas a melhorar serviços essenciais da cidade”, afirmou o chefe de inovação em mobilidade do município.

Além do BeBot, Detroit já opera o Penny Pickup, que recolhe restos de alimentos em restaurantes, e o Snowbotix, um mini-trator com pá de neve usado para lidar com ruas geladas no inverno. Há também um robô controlado remotamente para cortar grama à beira de rodovias, reduzindo riscos para trabalhadores. Outra novidade é o FlashBot, um carregador de veículos elétricos sobre rodas que vai até o carro, ajudando a aliviar a ansiedade por falta de estações de recarga.

Mas nem todos os robôs da cidade são voltados à manutenção urbana. Recentemente, um humanoide chamou atenção ao circular pelas ruas, cumprimentando pedestres como parte de uma ação promocional da Interactive Combat League, que organiza combates entre robôs. “É o que há de mais moderno em tecnologia robótica”, disse Art Cartwright, representante da liga, ao Michigan Live. “É gerado por IA, aprende sozinho, e queremos que as pessoas vejam de perto como funciona.”

Detroit também tem atraído atenção nacional para o setor. No início do mês, investidores e autoridades federais participaram da conferência Reindustrialized 2025, que destacou a retomada da manufatura nos Estados Unidos. Mas o evento também expôs o outro lado da automação, com startups exibindo drones, armas autônomas e robôs militares, refletindo tensões geopolíticas com a China.

O contraste entre os simpáticos robôs que limpam as praias e os protótipos militares deixa claro o paradoxo da automação: ela pode transformar cidades em lugares mais eficientes, mas também levanta dilemas sobre segurança e futuro da tecnologia.

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Fagner Lopes

CEO Presidente e fundador da Obewise Entertainment Network, escritor, biomédico e amante de jogos eletronicos, mais precisamente DOTA 2. Redator do site e artista na Obewise Radio Network.

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