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Viúvo de Suzanne Somers cria clone de IA da esposa e diz que não consegue distinguir da real

O apresentador e produtor canadense Alan Hamel revelou ter criado uma versão em inteligência artificial de sua falecida esposa, a atriz Suzanne Somers, que morreu em 2023 aos 76 anos, vítima de câncer de mama. Segundo ele, o resultado é tão realista que nem mesmo consegue diferenciar a recriação digital da mulher com quem viveu por mais de meio século.

Em entrevista à People, o artista de 89 anos explicou que o projeto, batizado de Suzanne AI Twin, foi desenvolvido a partir de centenas de entrevistas da atriz e de seus 27 livros publicados. “Era como se fosse realmente a Suzanne”, contou Hamel. “Fiz algumas perguntas e ela respondeu exatamente como faria. Todos ficaram impressionados. Quando coloco as duas lado a lado, a verdadeira e a IA, eu, que convivi com ela por 55 anos, não consigo dizer qual é qual.”

O mais curioso é que a versão digital da atriz não foi criada apenas para homenageá-la, mas também para seguir sua trajetória como divulgadora de saúde e bem-estar. Segundo Hamel, médicos supervisionaram o conteúdo que a IA compartilha, já que ela foi projetada para oferecer conselhos sobre hábitos saudáveis, uma tarefa que levanta dúvidas, considerando as conhecidas “alucinações” de respostas comuns em sistemas de IA.

A ideia é que o clone virtual seja hospedado no site oficial da atriz, SuzanneSomers.com, onde fãs poderão “conversar” com ela a qualquer hora do dia. “As pessoas poderão fazer perguntas, passar um tempo com ela. Estará disponível 24 horas por dia”, afirmou Hamel, acreditando que isso seria algo que a própria Suzanne aprovaria.

O produtor também revelou que a inspiração veio de conversas antigas com o futurista e cientista da computação Ray Kurzweil, amigo do casal há mais de 30 anos. Segundo ele, Suzanne achava fascinante a possibilidade de recriar pessoas com inteligência artificial e via nisso uma forma de continuar ajudando seus leitores e admiradores.

Apesar da intenção nostálgica e tecnológica, o projeto reacende debates sobre o uso da IA para “reviver” pessoas falecidas. Já existem empresas que oferecem experiências semelhantes, permitindo recriar vozes, rostos e até personalidades de entes queridos, um conceito que divide opiniões entre inovação e inquietação ética.

Para Hamel, no entanto, a Suzanne AI Twin é mais do que uma lembrança digital: é uma forma de manter viva a presença da mulher que marcou sua vida e o público por décadas. E, ao que tudo indica, para ele, essa nova Suzanne é tão real quanto a original.

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Fagner Lopes

CEO Presidente e fundador da Obewise Entertainment Network, escritor, biomédico e amante de jogos eletronicos, mais precisamente DOTA 2. Redator do site e artista na Obewise Radio Network.

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