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Guillermo del Toro diz que prefere morrer a usar IA em seus filmes

Guillermo del Toro deixou claro que inteligência artificial não tem lugar em seu processo criativo. O diretor vencedor do Oscar afirmou em entrevista ao programa Fresh Air, da NPR, que “preferiria morrer” a permitir o uso de IA generativa em suas produções. Para ele, essa postura não é apenas uma questão de gosto, mas uma defesa da arte feita por mãos humanas, com emoção, risco e imperfeição.

Aos 61 anos, del Toro afirmou que pretende manter essa convicção até o fim da vida. “Não tenho interesse, e nunca terei interesse, em usar IA. Espero continuar assim até o dia em que eu morrer”, disse o cineasta. Ele acrescentou que sua preocupação não é exatamente com a inteligência artificial, mas com o que chamou de “estupidez natural”, a forma como os seres humanos usam a tecnologia sem medir as consequências.

Essas declarações surgem no momento em que o diretor divulga seu novo filme, Frankenstein, que estreou em cinemas selecionados no dia 17 de outubro e chega à Netflix em 7 de novembro. A obra faz um paralelo direto entre o personagem Victor Frankenstein e os “tech bros” da atualidade, mostrando como a busca desenfreada por inovação pode criar monstros quando não há responsabilidade ou consciência ética. “Ele é cego, cria algo sem pensar nas consequências”, explicou del Toro.

Conhecido por seu apreço pelo artesanal, o diretor sempre privilegiou efeitos práticos, animatrônicos e cenários reais em vez de soluções digitais. Sua recusa em usar IA reflete essa filosofia: para ele, o cinema deve ser um ato humano, com falhas, textura e alma. Del Toro já chegou a comparar imagens feitas por inteligência artificial a “protetoes de tela”, dizendo que a arte verdadeira não se mede pela eficiência, mas pela emoção e pelo esforço envolvido em criá-la.

Enquanto boa parte de Hollywood experimenta ferramentas de IA para agilizar roteiros, efeitos visuais e design, del Toro segue no caminho oposto. Sua posição o coloca entre os criadores que acreditam que a essência da arte está justamente no toque humano, algo que nenhuma máquina, por mais avançada que seja, é capaz de reproduzir.

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Fagner Lopes

CEO Presidente e fundador da Obewise Entertainment Network, escritor, biomédico e amante de jogos eletronicos, mais precisamente DOTA 2. Redator do site e artista na Obewise Radio Network.

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