Colin Farrell ainda não desistiu de ver Sgt. Rock sair do papel, mesmo que a DC Studios já tenha virado a página. O longa de guerra, que estava em desenvolvimento há anos e acabou sendo engavetado oficialmente no início de 2025, continua vivo na cabeça do ator. Em uma entrevista recente, Farrell elogiou o roteiro e deixou claro que, para ele, o projeto merecia continuar, contrariando diretamente as duras críticas de James Gunn ao texto.
O filme, que seria dirigido por Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome, Bones and All), chegou a ser planejado para começar as filmagens em 2026. No entanto, uma série de fatores acabou derrubando a produção. Além da pouca experiência de Guadagnino com blockbusters, o clima imprevisível do Reino Unido, onde as gravações ocorreriam, e a atual política de contenção de custos da DC sob o comando de Gunn e Peter Safran teriam pesado na decisão.
Inicialmente, Daniel Craig chegou a ser cotado para o papel principal, mas a escolha acabou recaindo sobre Colin Farrell, uma mudança que, segundo rumores, teria sido motivada por questões orçamentárias. Mesmo assim, Farrell parecia empolgado com o projeto.
Durante sua participação no podcast Happy Sad Confused, o ator comentou sobre o status do longa com entusiasmo: “Cara, aquele roteiro era fantástico. Eu me pergunto o que aconteceu com ele”, disse. Questionado se ainda estaria disposto a participar caso o filme voltasse a andar, respondeu: “Eu ia fazer com o Luca. Conversamos algumas vezes e tivemos ótimas ideias. Não faço ideia de onde está agora, mas ele deveria ser feito. É realmente bom. Tem coisas maravilhosas ali.”
As palavras de Farrell contrastam fortemente com a visão de James Gunn. O chefão da DC Studios afirmou em entrevistas anteriores que o roteiro de Justin Kuritzkes simplesmente “não funcionava”, mesmo após várias revisões. “Mesmo depois de uma terceira versão, Sgt. Rock não estava melhorando. Não dava pra seguir em frente. Não era bom. E sabíamos disso”, declarou Gunn, que completou: “Ter um bom diretor e um bom roteirista não é o suficiente quando o texto não funciona. Eu preferi cancelar do que lançar algo que deixaria todo mundo mal na foto.”
Apesar da decisão final, Farrell segue defendendo o projeto com paixão. A história colocaria o lendário sargento e sua equipe, a Easy Company, enfrentando nazistas em uma missão para recuperar a mítica Lança do Destino, uma trama que misturava ação militar, fantasia e o típico heroísmo bruto dos quadrinhos clássicos.
Hoje, Sgt. Rock está completamente parado e fora do calendário da DC, que já tem produções como Supergirl e Clayface programadas para os próximos anos. Mas a insistência de Farrell em elogiar o roteiro e manter viva a memória do projeto mostra que, pelo menos para ele, ainda há uma fagulha criativa digna de ser reacendida nos campos de batalha.
No fim das contas, talvez Sgt. Rock ainda tenha uma chance, se não com a DC de Gunn, quem sabe em outra trincheira do multiverso cinematográfico.
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