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Showrunner de The Witcher responde às críticas dos fãs e promete final fiel aos livros

Lauren Schmidt Hissrich, criadora e showrunner de The Witcher, resolveu falar abertamente sobre as críticas que o seriado da Netflix vem recebendo desde sua estreia, especialmente de fãs que acreditam que a adaptação se afastou demais dos livros de Andrzej Sapkowski. Com o fim da série se aproximando, a quinta temporada será a última, Hissrich reflete sobre o processo de adaptar um universo tão vasto e complexo, equilibrando fidelidade ao material original e liberdade criativa.

Em entrevista ao site Dexerto, a showrunner abordou o assunto de forma direta e garantiu que as duas últimas temporadas de The Witcher serão mais próximas das obras de Sapkowski do que nunca. Segundo ela, a série não vai repetir o erro de Game of Thrones, que ultrapassou os livros antes de sua conclusão. “Nós não vamos além do que está nos livros. Mergulhamos completamente na fantasia apresentada por Sapkowski e sabíamos exatamente quais histórias queríamos usar para encerrar a série”, explicou.

As próximas temporadas adaptarão os três volumes finais da saga literária, Batismo de Fogo, A Torre da Andorinha e A Dama do Lago, e marcarão, segundo Hissrich, uma grande conquista pessoal e criativa. “Poucas séries têm o privilégio de chegar a cinco temporadas. Para nós, é uma enorme celebração”, afirmou.

Apesar do sucesso global, The Witcher sempre foi alvo de polêmicas. Desde o início, a produção divide opiniões entre fãs dos livros e dos games da CD Projekt Red, que veem diferenças significativas em tom, ritmo e caracterização dos personagens. Hissrich reconhece a dificuldade, mas lembra que a série precisa agradar não apenas aos fãs mais antigos, mas também ao público que conheceu Geralt de Rívia pela Netflix. “Temos leitores dos livros, jogadores e pessoas que nunca ouviram falar desse universo antes. Não dá para escolher um único público. Nosso foco é contar uma boa história dentro do formato televisivo”, pontuou.

Para a criadora, adaptar The Witcher sempre foi um exercício de equilíbrio entre os diferentes cânones do personagem, buscando manter a essência do mundo criado por Sapkowski, mas com uma linguagem própria. “É preciso entrelaçar tudo. Entender como essas aventuras moldam os personagens até chegarem ao ponto que o autor imaginou. A renovação antecipada para as temporadas 4 e 5 nos deu liberdade para planejar o final que queríamos”, disse.

Mesmo com parte do público torcendo o nariz, Hissrich afirma que há espaço para todas as interpretações do universo de The Witcher. “Os livros continuam existindo. Os jogos continuam existindo. Ninguém está tirando isso de ninguém. Cada um pode ter sua própria versão de The Witcher, e essa é a nossa.”

Com as gravações das últimas temporadas concluídas e a história se aproximando de sua conclusão, tudo indica que a série vai encerrar sua jornada honrando o espírito das obras originais, mas sem abrir mão de sua identidade própria.

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Fagner Lopes

CEO Presidente e fundador da Obewise Entertainment Network, escritor, biomédico e amante de jogos eletronicos, mais precisamente DOTA 2. Redator do site e artista na Obewise Radio Network.

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