
Ainda ontem, Jez Corden, do Windows Central, noticiou que o próximo Xbox seria um PC com Windows que simularia a experiência de um console Xbox, reiterando informações de Tom Warren, do The Verge. Agora, o CEO da Microsoft comenta sobre o novo Xbox PC, esclarecendo e reiterando a estratégia da empresa para jogos.
Em uma entrevista recente à TBPN, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, discutiu como o Xbox irá inovar nas sinergias entre PCs com Windows e consoles Xbox. Ele também afirmou que a Microsoft considera o Windows “o maior negócio de jogos”, uma referência a todas as diferentes lojas disponíveis na plataforma — Steam, Xbox Store, Epic Games Store, GOG, Battle.net, etc.
Pergunta: Sobre o tema da mudança de modelos de negócios, a adaptação do seu modelo de negócios, parece que a guerra dos consoles acabou? Você é um CEO em tempos de paz, a guerra acabou! Mas me explique a evolução da mudança do modelo de negócios no setor de jogos da empresa.
Restposta do Nadella:
“Lembrem-se, o maior negócio de jogos é o negócio do Windows — para nós, jogos no Windows. A Steam construiu um mercado gigantesco em cima disso e fez um trabalho muito bem-sucedido.”
“Para nós, a forma como pensamos sobre jogos… em primeiro lugar, somos a maior editora depois da aquisição da Activision. Portanto, queremos ser uma editora fantástica, com uma abordagem semelhante à que adotamos com o Office.”
“Estaremos em todos os lugares, em todas as plataformas, então queremos garantir que, seja no PC, no celular, na nuvem ou na TV, os jogos sejam apreciados por jogadores em todos os lugares.”
“Em segundo lugar, também queremos fazer um trabalho inovador no lado do sistema, no console e no PC. É engraçado como as pessoas pensam no console e no PC como duas coisas diferentes. Nós criamos o console porque queríamos criar um PC melhor, que pudesse então ter um bom desempenho em jogos.”
“Então, eu meio que quero revisitar um pouco dessa sabedoria convencional, mas, no fim das contas, o console oferece uma experiência incomparável, um desempenho inigualável, que, na minha opinião, impulsiona o sistema. Estou muito ansioso pelo próximo console, pelo próximo PC gamer, mas, mais importante ainda, o modelo de negócios dos jogos precisa evoluir a ponto de também precisarmos inventar novas mídias interativas.”
“Afinal, a concorrência dos jogos não está nos jogos em si, mas sim nos vídeos de curta duração. Então, se nós, como indústria, não continuarmos a inovar, tanto na forma como produzimos quanto no que produzimos, na maneira como pensamos sobre distribuição… no modelo econômico, certo? A melhor maneira de inovar é ter boas margens de lucro, porque é assim que se consegue financiamento.”




